Para consolidar Penedo como polo turístico, e com isso gerar mais emprego, e renda, precisa-se construir mais hotéis e pousadas na cidade
25 de Outubro de 2020, 16:38
Ivaldo Pinto é jornalista
Penedo, às margens do Rio São Francisco, tem tudo para ser um dos grandes polos turísticos de Alagoas. Mas há um entrave: falta de estrutura hoteleira. Não há leitos suficientes para atender a demanda de turistas, em especial grupos. Para se ter uma ideia, a cidade dispõe apenas de dois bons meios de hospedagem: o tradicional Hotel São Francisco e a Pousada Colonial, ambos localizados no centro histórico.
O Hotel São Francisco tem história. Foi nele que aconteceu, de 1975 a 1982, o Festival de Cinema Brasileiro de Penedo, fato que projetou a cidade em nível nacional. Com o declínio dos cinemas no Brasil, o Cine São Francisco foi desativado; permaneceu fechado por alguns anos e, depois, virou igreja evangélica. Atualmente foi revitalizado e transformado em moderno centro de convenções, com 1.100 lugares.
Essa encantadora e agradável cidade, no Sul de Alagoas, distante 148,9 km de Maceió, possui um imponente conjunto arquitetônico com construções que datam do século 17 – um museu a céu aberto. Tem, ainda, o privilégio de ser banhada pelo majestoso Rio São Francisco, que realça ainda mais a paisagem. A mais importante cidade do Baixo São Francisco tem uma população estimada de 63.846 habitantes (IBGE/ 2020). O acesso ao município é feito pelas rodovias AL-101 e AL-105.
No centro histórico, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o turista pode andar a pé, sossegado, para visitar as atrações turísticas, como a Igreja Conventual Nossa Senhora dos Anjos, a Casa da Aposentadoria, Paço Imperial, Catedral de Nossa Senhora do Rosário, Oratório da Forca, entre outras. Depois, pode ir aos restaurantes e barzinhos da orla fluvial para almoçar e, no fim da tarde, assistir a um belo pôr do sol. Há outros restaurantes e barzinhos espalhados pela cidade para curtir a noite.
Saindo de Maceió há excursões bate e volta para Penedo e outras com pernoite. Para o turista, um bom programa fora da cidade é o passeio de barco à foz do Rio São Francisco, saindo do cais da vizinha cidade de Piaçabuçu, imperdível. No trajeto até a Foz, que dura cerca de 45 minutos, se observam pequenas ilhas, prainhas, coqueirais, um belo cenário. Ao chegar ao local, parada para banho de rio e de mar, onde se pode degustar tira-gostos, beber uma cervejinha e comprar artesanato. Na volta, almoço nos restaurantes à margem do rio, em Piaçabuçu.
Para consolidar Penedo como polo turístico e, com isso, gerar mais emprego e renda, faz-se necessário a construção de mais hotéis e pousadas na cidade, a cargo da iniciativa privada. Não é coisa do outro mundo, basta a municipalidade cair em campo para convencer empresários de Alagoas e de outros Estados a investir na hotelaria na cidade. Caso isso aconteça, a cidade ribeirinha do Velho Chico, em curto espaço de tempo, atrairá muitos turistas e se transformará num importante polo turístico de Alagoas.
Voltando ao passado
No dia 14 de junho de 2007, o então presidente da Federação Nacional de Turismo (Fenactur), Michel Tuma Ness (conhecido no meio turístico como Michelão) foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Maceió, numa iniciativa do vereador Marcelo Malta. Na foto, no plenário do Câmara, Michelão aparece entre o vereador Marcelo Malta, secretária de Turismo de Maceió, Cláudia Pessoa, e o presidente da Câmara Municipal de Maceió, Arnaldo Fontan. Em tempo: Michel Tuma Ness continua à frente da Fenactur. Em novembro de 2018, ele foi reeleito para comandar a entidade no biênio 2019-2021.
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