Músicos fazem homenagem ao compositor e instrumentista Zailton Sarmento, morto em setembro, aos 62 anos, por complicações da covid-19; produção da Diteal estreou nesta quinta-feira (3)
03 de Dezembro de 2020, 16:10
Hannah Copertino/ Assessoria
O amor por um ritmo genuinamente brasileiro do século 19, o choro, popularmente chamado de chorinho, motivou a reunião de grandes músicos em Alagoas. Fundado em 2003 com o intuito de difundir as composições de choro de alagoanos, além das músicas mais tradicionais, os Chorões de Maceió reúnem um time de instrumentistas de peso. O grupo estreia o sexto vídeo do projeto “Teatro Deodoro: 110 Anos”, nesta quinta-feira (3), no canal do Teatro Deodoro no Youtube.
“O Chorões de Maceió tem componentes que são ícones da música de Alagoas, como o Wellington Pinheiro, um grande mestre. A gente perdeu o Zailton Sarmento, outro ícone, e vamos fazer uma homenagem a ele com a composição ‘Voa Zazá’. Somos muito felizes em tê-los conosco nesta história”, conta no vídeo o maestro e instrumentista Siqueira Lima.
Além de “Voa Zazá”, composição de Billy Magno, alagoano da cidade de Pão de Açúcar, os músicos apresentam “Dudu no Choro”, de Toinho Epifânio, de Traipu, e “O Grande Fela”, de Wellington Pinheiro, de Penedo. A direção musical é de Siqueira Lima.
Participam do vídeo os músicos Francisco Moura (violão de sete cordas), Wellington Pinheiro (cavaquinho), Mikla Waltari (pandeiro), Siqueira Lima (flugel horn) e Ely Rodrigues (saxofone e clarinete). A captação de áudio foi feita por Márcio Brebal e Laércio Leão e a mixagem e masterização ficaram com Ely Rodrigues.
“Eu tive a oportunidade de presenciar aqui no Teatro Deodoro a ‘Caravana da Felicidade’, em 1978 mais ou menos. Eu devia ter uns 16 anos”, relembra o cavaquinhista Wellington Pinheiro, também falando no vídeo. “Veio com grandes celebridades da música e da cultura nacional, na época do SBT. Esse teatro ficou cheio. Lembro muito dessa época, histórica, vai ficar para sempre. Veio Pedro de Lara, Carlos Galhardo, Ademilde Fonseca, Regional do Canhoto. Nós não só presenciamos como participamos também desse grande evento, foi uma semana de festa. Hoje, tenho prazer de dar parabéns a esse teatro, essa coisa maravilhosa, fantástica, que eu vou levar para sempre na minha vida. Só quero dizer: parabéns, teatro, muito obrigado pelas emoções que você me ofereceu durante toda a minha vida de músico.”