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'Presidente do Senado não pode impor sua vontade sobre CPI da Pandemia', diz Renan Filho

Em entrevista ao jornalista Luís Nassif, o governador de Alagoas falou do enfrentamento à covid-19, da eleição 2022 e do papel do ex-presidente Lula na atual política nacional

12 de Abril de 2021, 10:38

Da Redação

Em entrevista ao portal GGN, na sexta-feira (9), o governador Renan Filho afirmou que a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (o STF), está “correta”. De acordo com o gestor alagoano, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), não pode “impor sua vontade” sobre os demais senadores. “Barroso determinou a instalação da CPI da Pandemia na quinta-feira (8). O Senado já dispõe das assinaturas necessárias para discutir a abertura da investigação”, destaca reportagem do GGN, também publicada na sexta-feira.

Renan Filho deixou claro ser “contra a judicialização indiscriminada e a interferência de um poder em outro”. “Mas nesse caso, a decisão de Barroso é correta. Se o número regimental foi atingido, isso quer dizer que a maioria dos senadores compreende que o caminho correto para o Brasil é essa CPI. Se isso é bom ou não para o país, não sei. Mas não é o presidente do Senado quem vai decidir sozinho, porque senão ele substituiu os outros senadores. Ele transforma a presidência do Senado numa instituição maior do que o plenário do Senado Federal, que é soberano seja quem for o presidente. O presidente do Senado pode conversar sobre o impacto político e econômico da medida, mas não impor sua vontade sobre a vontade regimental.”

Acompanhe a entrevista do governador à TV GGN

Ainda na entrevista, o governador fez considerações sobre o enfrentamento à pandemia em Alagoas. Também falou das reuniões junto ao governo federal e outros estados, para discutir saídas para a crise sanitária. “Na visão do governador alagoano”, observa a reportagem do GGN, “o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, parece ter mais independência em comparação com seu antecessores na pasta.”

Renan disse que Queiroga “parece estar com autonomia maior do que os [ministros] anteriores”. “A gente não sabe quanto tempo isso vai durar. Pelo menos nos últimos dias ele não foi desautorizado, ainda. Ele tem falado da importância da vacina e abriu canal com os Estados Unidos para que eles mandem para cá o estoque de vacinas que eles não vão usar agora.”

Para Renan Filho – destaca o noticiário conduzido pelo veterano Luís Nassif –, a comunidade internacional “precisa perceber que é urgente ajudar o Brasil na questão da vacinação em massa, por causa do surgimento de variantes da covid-19”. “O governador também comentou sobre o papel de Lula nas eleições de 2022. Para ele, o petista tem condições de liderar as conversas para levar o campo progressista a fazer uma inflexão ao centro.”