TV Boreal

Evento mineiro de audiovisual apresenta novidades em plataformas de streaming

ViacomCBS e Netflix fizeram demonstrações na MAX 2020 nessa terça-feira (17), apresentando as novas produções para 2021; produtoras brasileiras podem enviar propostas

18 de Novembro de 2020, 16:00

Da Redação

A quinta edição da MAX 2020 – Minas Gerais Audiovisual Expo trouxe nessa terça-feira (17) exposições de duas grandes empresas globais, a ViacomCBS e Netflix, que apresentaram novidades que estarão disponíveis em breve para o público – assim como oportunidades para produtores e diretores brasileiros. A programação on line segue até essa quinta-feira (19), com painéis e debates transmitidos pelo site do evento. As inscrições gratuitas permanecem abertas.

Na amostragem “ViacomCBS: Produção brasileira”, Maurício Kotait, vice-presidente e gerente da empresa norte-americana no Brasil, dissertou sobre o lançamento da Pluto TV, além de apresentar as oportunidades que, segundo ele, serão criadas para as produções brasileiras independentes. “Proprietária dos canais MTV, Comedy Central, Paramount, Nickelodeon e NickJr, a ViacomCBS vem expandindo sua atuação no mercado brasileiro. A mediação da conversa foi da jornalista Cris Padiglione, responsável pela coluna ‘TelePadi’, na Folha de S.Paulo”, destacou o informativo da MAX 2020 enviado à Redação.

Ângela de Jesus: documentário de Emicida estreia dia 8 de dezembro

De acordo com o press-release, Mauricio Kotait explicou que o principal diferencial da Pluto TV – que será lançada em dezembro como plataforma de demanda de conteúdo gratuita – é que o canal terá curadoria de conteúdo realizado pela ViacomCBS e um modelo de negócio baseado em publicidade. “O público terá duas formas de consumir o conteúdo”, afirmou. “Pela plataforma de streaming ou pelos canais lineares disponíveis no serviço. Nossa expectativa é que haja uma grande adesão do público brasileiro.”

Segundo Kotait, inicialmente a Pluto TV estreará no Brasil sem nenhuma produção original. “Mas”, afirmou o executivo, “estamos abertos para receber novos projetos de produções nacionais e internacionais.”

Por sua vez, a diretora de produções originais da Netflix, Maria Ângela de Jesus, conduziu a demonstração “Netflix: 2021”. “No painel”, destacou a comunicação da MAX 2020, “foi apresentada uma visão do que a maior companhia de streaming de vídeo no mundo pretende para o mercado brasileiro, o diálogo com a produção independente e a demanda por conteúdos que fascinam a audiência.”

Maísa Silva estrela na Netflix o filme 'Pai em Dobro'

No Brasil desde 2011, as produções originais da Netflix alcançam mais de 190 países, estando disponíveis para mais de 195 milhões de assinantes. “Para a produção brasileira independente”, conclui a MAX 2020, “a empresa é um parceiro imprescindível, fomentando a indústria, difundindo o conteúdo nacional e permitindo através de coproduções a criação de conteúdo premium com alcance global.”

Ângela de Jesus afirmou que no início da pandemia “foi mais complicado”. “Agora estamos mais adaptados”, assentiu. “Foi preciso parar várias produções que estão em pós-produção. Aproveitamos a oportunidade para nos dedicarmos ao desenvolvimento de projetos, para buscar estas histórias que queríamos contar.”

De acordo com a executiva, a Netflix “tem uma grande preocupação com a diversidade das histórias e com o engajamento emocional dos assinantes”. Segundo ela, a Netflix trabalha com produtoras dos mais diversos tamanhos e locais. “Para apresentar um projeto”, explicou, “envie um e-mail expondo sua proposta de forma objetiva, informando se é filme ou série, ficção ou documentário. A apresentação não precisa ser espetacular, mas é a originalidade é essencial, seja numa nova história ou um ponto de vista inovador sobre determinado tema e ter clareza no que quer contar.”

Algumas novidades, entre as produções brasileiras, foram apresentadas. “Vamos lançar, no dia 8 de dezembro, o documentário ‘Amarelo’, do Emicida. Entre os filmes de ficção, teremos ‘Tudo bem no Natal’, estrelado por Leandro Hassum; ‘Pai em dobro’, com a Maísa e o Eduardo Moscovis; Larissa Manoela será a protagonista de ‘Luli’, baseado no livro de Talita Rebouças. De séries, teremos a estreia de ‘QueerEye Brasil’, e as segundas temporadas de ‘Sintonia’ e ‘Bom dia Verônica’.”