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'Fakir' é documentário de Helena Ignez sobre devotos que executam feitos de resistência

A diretora e atriz do Cinema Novo traz a marca de 'filme de autor' para esse longa de 2019; estreia nessa terça-feira (19) no Canal Brasil

18 de Janeiro de 2021, 10:51

Da Redação

Nessa terça-feira (19), estreia no Canal Brasil, às 23h40, o documentário “Fakir”, dirigido por Helena Ignez. Ícone do Cinema Novo nos anos 1960, a atriz Helena Ignez estreou como diretora em 2005, com o curta “A Miss e o Dinossauro”. Seu primeiro longa, “A Canção de Baal”, é de 2007. “Fakir” será exibido, ainda, em horário alternativo, no dia 28, uma quinta-feira, às 4h30. 

A atriz e diretora Helena Ignez, de 78 anos: carreira mítica no cinema nacional

“O longa-metragem explora a fundo o tema do faquirismo, espetáculo que consiste no domínio do corpo, resistência à dor, controle respiratório e redução de batimentos”, destaca o informativo do Canal Brasil enviado à Redação. “Apesar de raramente ser exercida nos dias atuais, a prática também conhecida como ‘a arte da fome’ chegou a atrair multidões em países como França e Brasil. Seus intérpretes mais famosos quebravam recordes e chegavam a ficar mais de 100 dias em jejum.” 

Em 'Copacabana Mon Amour' (1970), clássico dirigido pelo marido Rogério Sganzerla

De acordo com o press-release da emissora, para abordar as diversas faces do faquirismo, a diretora reuniu um acervo de arquivos das décadas de 1920 a 1950 com recortes de jornais e revistas, além de vídeos que mostravam o sucesso das apresentações, mesclando cenas teatrais contemporâneas. “O documentário destaca algumas das mais icônicas mulheres faquires e toca em temas modernos, como questões de gênero, controle e liberdade corporal e amarras sociais.” 

Nascida em Salvador (BA), em 1942, Helena Ignez tem mais de 60 anos de atuação em vários campos das artes e já realizou mais de 40 filmes. Foi casada com o gênio Glauber Rocha (1939-1981) e atuou em longas antológicos do Cinema Novo, como “O Assalto ao Trem Pagador” (1962) e “O Padre e a Moça” (1966). Em 2010 dirigiu “Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha” (2010), com roteiro original de seu marido, o legendário cineasta Rogério Sganzerla (1946-2004), com quem manteve uma extensa parceria no cinema.