Turismo em Pauta

Santana do Ipanema, uma das mais bonitas e prósperas cidades do Sertão é destaque no turismo de aventura

Distante 272 km de Maceió, a cidade é uma das mais bonitas e prósperas daquela região; acompanhe o nosso passeio pelas maravilhas desse município

12 de Agosto de 2021, 19:32

Ivaldo Pinto é jornalista

Manhã de domingo, garoa em Santana do Ipanema, no sertão alagoano. Passava das 8h, temperatura de 21º, tempo frio para o sertanejo, quando integrantes da excursão da MBTour começaram a tomar o café da manhã no restaurante do Hotel Privillege, referência da hotelaria da cidade. Na noite do sábado, como parte da programação, houve um jantar com música ao vivo, oferecimento da referida agência de viagens. Animação não faltou. 

Após às 10h, com o fechamento das contas, os visitantes deixaram o hotel e se dirigiram ao povoado Camoxinga dos Teodósios, na zona rural, em ônibus da Sol & Mar Turismo, para almoço no famoso Bar da Buchada. No trajeto, em estrada de barro, o grupo teve a oportunidade de vislumbrar belas paisagens rurais, onde o verde predomina.  

Ao chegar ao povoado, o grupo se dirigiu ao Bar da Buchada para o tão esperado almoço à base de comida regional, com destaque para bode e carneiro, assado ou frito, sem esquecer a tradicional buchada, carro-chefe da casa. Acomodados e bem atendidos, não dispensaram a cervejinha bem gelada e, alguns, até uma caninha para abrir o apetite. No final, todos saíram satisfeitos e não faltaram elogios ao estabelecimento. 

Ainda como parte da programação, os visitantes retornaram à sede do município, para fazer o city tour. Santana do Ipanema, distante 272 km de Maceió, é uma das mais bonitas e prósperas cidades do nosso Sertão. O nome da cidade, banhada pelo rio Ipanema, é de origem indígena, Ypanema, e quer dizer “água imprestável, ruim”. Tornou-se vila em 1875 e, em 1949, foi elevada à condição de cidade. 

O turismo ainda é incipiente. Dentre as atrações, o destaque é para o turismo de aventura na Serra da Camonga, a 6 km da cidade, ideal para a prática de rapel e trilhas; o cruzeiro da Serra dos Macacos; cachoeira do Riacho Camoxinga e a estátua do “jumento”, símbolo da cidade, localizada na entrada. Com relação a hospedagem, a cidade conta com hotéis e pousadas, sendo o Hotel Privillege, três estrelas, o que tem melhor estrutura.  

Distante 207 km de Maceió, Santana do Ipanema tem uma população estimada  de  47.819 (IBGE/2020); povo receptivo e comércio pujante, que atende satisfatoriamente a cidades e vilarejos vizinhos e movimenta bastante a economia local.  

Notas

  •  A Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, por meio da Empetur, participou entre os dias 10 e 12 de agosto da WTM Latin America, cuja edição 2021 do evento foi de forma totalmente on-line e reuniu empresas e profissionais de turismo de todo o Brasil, além de diversos países. De acordo com o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes, neste ano foram apresentadas também as ações desenvolvidas para a retomada do turismo, como os selos Turismo Seguro e Safe Travels, bem como a divulgação do Passaporte Pernambuco. A participação de Pernambuco foi através de um espaço virtual, dentro do estande virtual do Ministério do Turismo. Durante os três dias de feira, foram realizados atendimentos para agentes e operadores de viagens, além de jornalistas e influencers do segmento esclarecendo sobre os diversos destinos pernambucanos.
  • Praça do Marco Zero, no Recife, atração turística/ Foto/ Matheus Ribeiro

    A partir de 17 de agosto, em São Paulo, poderão ser realizados eventos sociais e feiras corporativas, bem como a abertura de museus, mas com controle de público, respeito aos protocolos de saúde e higiene, sem aglomeração e restrição de horário. Por sua vez, os grandes shows com público em pé, eventos esportivos com torcida e pistas de dança permanecem suspensos pelo menos até 1º. de novembro, quando 90% da população adulta estará completamente vacinada em todo o estado. Apesar da liberação, diversos protocolos continuarão sendo exigidos, como o uso obrigatório de máscara em qualquer ambiente; respeito ao distanciamento de um metro e vedação de aglomerações de qualquer natureza; respeito aos protocolos de higiene e acesso apenas para aqueles que estiverem vacinados. 

  • Em Maceió, a referência do artesanato, na linha de bordados, é o bucólico bairro do Pontal da Barra, à margem da Lagoa Mundaú, habitado por pescadores e exímias artesãs, que, em seus teares de madeira, produzem belíssimos desenhos em filé, renda e labirinto. Os produtos ficam expostos em frente às lojinhas e residências, proporcionando um colorido todo especial. São blusas, vestidos, xales, colchas, passadeiras, toalhas de mesa, saídas de praia, redes, entre outros. Mas o Pontal não é só artesanato. É de lá que saem as embarcações que fazem os passeios das nove ilhas, em que o turista contempla cenários paradisíacos. Na volta, almoço nos restaurantes localizados à beira da lagoa, cujo cardápio inclui frutos do mar e da lagoa, bem como pratos da comida regional, preparados na hora. Os estabelecimentos também servem bebidas variadas, em especial uma cervejinha bem gelada.
    O rico e colorido artesanato do Pontal da Barra, em Maceió/ Foto/ Ivaldo Pinto

    De volta ao passado 

Um dos eventos que marcaram época em Maceió, na década de 1980, foi o Festival do Mar, cuja finalidade precípua era ampliar o fluxo turístico na primeira quinzena de dezembro. Criado pela Empresa Alagoana de Turismo (Ematur), na gestão do presidente Caio Porto Filho, o Festival do Mar aconteceu durante três edições – de 1983 a 1985 – na praia de Pajuçara. Tinha uma vasta e rica programação, que incluía apresentações de grupos folclóricos, shows com  artistas locais e de outros estados, apresentações de orquestras, bandas de música, feiras e exposições, noite de seresta, animação na piscina natural da Pajuçara, literatura infantil, apresentação de balé, concurso mister praia, desfile de moda, show de ultraleve, concurso de fotografias, artes plásticas, concurso “Garota Festival do Mar” , desfiles de embarcações, atividades esportivas, esportes náuticos, entre outros. Na foto, a terceira (e última) edição do Festival do Mar, em dezembro de 1985. 

O Festival do Mar atraia multidões à praia da Pajuçara/ Arquivo/ Ematur

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