Especial

Residências terapêuticas ajudam a reintegrar pacientes com longos períodos de internação

Serviço oferecido pela prefeitura de Maceió atende pessoas que vieram de clínicas e hospitais como Dr. José Lopes, Miguel Couto e Portugal Ramalho

30 de Agosto de 2021, 11:34

Da Redação

A Prefeitura de Maceió divulga em seu site oficial o que ela chama de “braço essencial” de sua política de saúde mental. Tratam-se dos Serviços Residenciais Terapêuticos, conhecidos como Residências Terapêuticas (RTs). “É nesses locais que pacientes egressos de longos períodos de internação em hospitais psiquiátricos têm recebido o apoio necessário, para que possam resgatar sua autonomia e dignidade”, destaca a reportagem do site oficial do município nesse domingo (29).

De acordo com o noticiário, a reforma psiquiátrica em vigor “defende a desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos oriundos de instituições de longa permanência”. A ideia é reinseri-lo socialmente, ajudando-o na reintegração à família. “Em Maceió”, afirma o noticiário da prefeitura, “a criação desses novos vínculos tem passado, necessariamente, pelas Residências Terapêuticas (RTs) que, além de ser o local de moradia, têm a missão de prepará-los para serem reintegrados a um cotidiano normal.”

Egresso de clínica psiquiátrica, senhor José Gomes retoma laços familiares

As residências terapêuticas integram a Rede de Atenção Psicossocial da capital e são administradas pela Associação de Usuários e Familiares dos Serviços de Saúde Mental de Alagoas (a Assuma). A gerente de Atenção Psicossocial Sheila Erika Ferro diz que as residências “são um serviço exclusivo para usuários egressos de hospitais psiquiátricos de longa permanência”. “Eles não possuem vínculos familiares ou têm vínculos familiares rompidos, portanto impossibilitados de retornar.”

Sheila Ferro dá atenção psicossocial aos pacientes

Para a assistente social Roseane Farias, também atuando no apoio às RTs, a ação “possibilita o acolhimento e acompanhamento necessário dos usuários nesse período de transição, estimulando sua autonomia”. “As RTs foram um marco para a assistência na área da Atenção Psicossocial, pois mostram na prática e de forma efetiva que a proposta do cuidado humanizado e em liberdade, na área do território, com a reinserção familiar e social, é totalmente possível.”

Atualmente, Maceió dispõe de sete residências terapêuticas, acolhendo um total de 71 usuários egressos das clínicas Dr. José Lopes de Mendonça e Miguel Couto, e ainda do Hospital Portugal Ramalho. Cada RT dispõe de uma equipe composta por cuidadores, cozinheiras, técnicos de Enfermagem e enfermeiros. O acompanhamento clínico e psiquiátrico é feito pelos Centros de Atenção Psicossocial (os Caps).

“Nas residências”, informa a reportagem, “os usuários participam de oficinas lúdicas e atividades do cotidiano, como passear ou fazer compras.”