1ª. Mostra de Teatro de Bonecos traz o foco para a atividade de bonequeiros em Alagoas

01 de Setembro de 2021, 09:27

Compartilhe

Sebage Jorge/ Editor

O músico e produtor Ricardo Camilo realiza, na sexta-feira, sábado e domingo (3, 4 e 5), a 1ª. Mostra de Teatro de Bonecos de Alagoas. O evento, que tem apoio da Secretaria de Estado da Cultura (a Secult), será transmitido ao vivo no canal da Secult na plataforma de streamings YouTube.

O evento gratuito se propõe a “resgatar a cultura bonequeira de Alagoas”, com apresentações de grupos bonequeiros e realização de oficina sobre técnicas de manipulação dos bonecos, além de palestras e roda de conversa.

Na programação, sempre a partir das 20h, apresentações do mestre Zé Dário, com o espetáculo “Zé Buchada e Bastião, Violeiros do Sertão” e diversos outros artistas, como Christian Honda, com “O Macaquinho e os Caroços de Milho”; mestra Adriana Chaluppe, com a boneca Abayomi, envolvendo artesanato e poesia; Marcos Bonecos, com “Mamulengo Kfundó”; Carmen Freire, com “Mateu, o Palhaço negro”; Pierre Pelegrine, com “Os Embolados, com Flora e Alecrim”, e Tadeu dos Bonecos de Penedo.

O ator Naeliton Santos fará o papel de mestre de cerimônia, enquanto mestra Vânia Oliveira realizará a Oficina de Bonecos no sábado (4).

Haverá, ainda, uma homenagem ao mestre Zé Dário, com seu “Mamulengo Sururu".

“Convidei inicialmente Naeliton Santos para apresentar as atrações e fui convidando os bonequeiros que eu já conhecia. Estes, por sua vez, convidaram outros artistas”, conta Ricardo Camilo sobre a produção desse primeiro evento bonequeiro em Alagoas.

“Fomos alinhando as ideias, conversando sobre o nosso propósito, o que queríamos com a realização dessa mostra, e montamos enfim a programação."

O produtor afirma que, num segundo evento, vai ter "bem mais bonequeiros".

"Nessa primeira edição, a maioria dos artistas é de Maceió, mas tem o mestre Tadeu, de Penedo, e outro artista de Marechal Deodoro que trabalhou com mestre Dário, que está sendo homenageado.”

Reconhecendo "a força" da atividade de teatro de bonecos em Alagoas, Camilo se queixa da pouca valorização dessa arte em nosso Estado. “Quando olhamos para Pernambuco, vemos a grande valorização da cultura bonequeira por lá. No Ceará, a mesma coisa. Recentemente, há seis meses, foi realizado um festival cearense de bonequeiros. Então por que aqui não tínhamos nada assim? Temos tantos artistas nessa área. Então vamos trabalhar essa parte da cultura em Alagoas, e eu, como sou presidente da Organização Internacional do Folclore, a IOV Alagoas, me sinto na obrigação de fazer essa divulgação.”