Cultura

Peça teatral aborda empoderamento feminino no candomblé e umbanda

Espetáculo que reúne música, dança e espiritualidade estreia nesta quarta-feira (8), no estacionamento do Complexo Cultural Teatro Deodoro, no centro da capital; ingressos, pelo whatsapp ou QRcode, a R$ 40 e R$ 20

08 de Setembro de 2021, 10:19

Da Redação

O espetáculo "As Marias, As Rosas e os Espinhos", estreia nesta quarta-feira (8), às 19h30, no estacionamento do Complexo Cultural Teatro Deodoro (rua Barão de Maceió, 77, centro da capital). Os estudantes Wagner Santos e Rilton Costa, candomblecistas das nações Nagô e Angola, criaram o projeto teatral em 2019, para a disciplina de Laboratório de Montagem do curso de Licenciatura em Teatro da Ufal. O candomblé é uma religião de matriz africana e Wagner Santos segue, também, a umbanda, que é religião brasileira, misturando elementos africanos, do catolicismo e cadercismo e de cultos indígenas.

A peça aborda o empoderamento feminino nesse universo cultural espiritual brasileiro, seguindo em cartaz nesta quinta e sexta-feira (9 e 10), com ingressos custando R$ 40 e R$ 20, disponibilizados pelo whatsapp e QRcode. 

As 'Marias' atuam sobre princípios de respeito, poder feminino e luta, explica o grupo 

"Muita música, dança e espiritualidade na luta contra os preconceitos e a ideia de demonização sobre as entidades Pombagiras", destaca o informativo da peça interpretada pelas atrizes Duso André, Juliana Teles, Laís Paiva, Thame Ferreira e Gi Prettah. "As Marias são a representatividade das mais diversas mulheres, as Rosas são a força, o belo e a vida. Já os Espinhos, são as batalhas e lutas constantes e a representação de uma árdua resistência", explica o press-release do grupo, formado por sugestão do produtor Alex Zampielly, "para que o projeto fosse além do experimento cênico". 

O grupo destaca a caracterização das três Marias "lendárias" no universo dos terreiros de axé: as pombasgiras Maria Mulambo, Maria Padilha e Maria Navalha. A comunicação do grupo explica, ainda, que "a trama se passa em uma encruzilhada". "As Marias vão atuar sobre três princípios importantes: respeito à diversidade religiosa nos cultos de matriz africana; poder feminino das entidades pombagiras e luta contra a demonização de entidades das religiões do candomblé e umbanda e toda sensualidade inata das mulheres como tempero dessa obra."

Ingressos vendidos pelo QRcode e whatsapp

O diretor artístico Wagner Santos e o co-diretor Rilton Costa dizem que a montagem de "As Marias, As Rosas e Os Espinhos" deu a eles "uma oportunidade de fazer frente ao preconceito e os mitos criados sob uma ótica judaico-cristã". "Em sua grande maioria protestante, que não corresponde à realidade das entidades cultuadas nos terreiros de axé. É contado no espetáculo histórias que revelam toda magia, malandragem e empoderamento feminino, que também é uma das propostas do espetáculo."

O número de whatsapp para a compra de ingressos é (82) 99411 8771. Você pode, também, entrar em contato com a produção no Instagram @mariasgiras. A montagem recebeu recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, via edital Prêmio Eric Valdo, da Secretaria de Estado da Cultura.