Cultura

Cris Braun apresenta repertório de 'Quase erótica' no Festival Carambola

Cantora e compositorá fará sua participação no evento neste sábado (2); o show, com as canções do quinto e mais recente álbum da artista, está marcado para depois das 17h

01 de Abril de 2022, 14:01

Sebage Jorge/ Editor

Cris Braun se apresenta no Festival Carambola, que acontece neste sábado e domingo (2 e 3). Os portões no sábado abrem às 17h e Braun será a primeira artista no palco. A cantora e compositora gaúcha, que viveu a adolescência em Maceió, indo embora pro Rio em 1980, retornou à capital alagoana em 2005. No Rio, fazendo shows desde 1985, gravou dois álbuns com a banda Sex Beatles. E iniciou carreira solo em 1997, com o álbum “Cuidado com Pessoas como Eu”, lançado pelo selo Fullgás, de Marina Lima. O quinto álbum, “Quase erótica”, é de setembro de 2021, disponibilizado nos streamings por outro selo carioca, o LAB 344. Produzido por Cris Braun e o tecladista Dinho Zampier, o disco mergulha nesse passado mais rock-pop. Tem regravações de Sex Beatles e canções inéditas que estavam, como ela diz, "na gaveta".

Os ingressos para os shows do festival, entre R$ 90 e R$ 180 cada dia, estão disponíveis no site de vendas aqui. Às vésperas de sua apresentação no Carambola, Cris Braun, em entrevista por email, explica que não será ainda o aguardado show de lançamento do “Quase erótica”. “Vamos estrear com repertório reduzido.”

O álbum lançado em setembro de 2021: ouça aqui

Acompanhe o bate-papo.

Checando a sua biografia, a gente observa um lapso de sete, oitos anos de um disco para o outro, desde que você lançou seu primeiro solo em 1997. Mas o intervalo, agora, foi menor… De “Filme” em 2017 para este “Quase erótica”, de 2021, são cinco anos. O que diz desse processo?

Cris Braun — Natural, recursos internos e externos. Ou a falta deles, rsrs. Neste momento com estúdio em casa acho que favorece, facilita.  

A gente vai envelhecendo e produzindo mais?

Braun — Não necessariamente.

Você sempre se revela em suas canções, quer dizer, não nega fogo. Aparentemente, também, não se nega a dizer o que pensa.

Com o produtor e tecladista Dinho Zampier: parceiro em 'Filme' e 'Quase erótica'

Braun — Olha, não concordo inteiramente não, hahaha. Existem canções que tem personagens, que tem revelação. Tem de tudo, mas certamente não canto o que não ache que vá dar uma cutucada ao menos. Quando tratamos de irreverência, é claro. 

Em “Quase erótica”, você parece estar buscando esse frescor do começo. É mais rock, mais pop também. E mais Rita Lee. Tem música da Sex Beatles.

Braun — Quis alegria, quis brincar. Quis irreverência e fui buscar no passado.

Com Rita Lee, a quem faz 'homenagem inconsciente' no álbum

Ainda sobre Rita Lee, você fez participação em show acústico dela, outro dia compartilhou no instagram foto de vocês juntinhas cantando. As duas primeiras canções de ‘Quase erótica’, “Tudo que Você queria saber sobre Si mesmo” e “Invisível”, tem uma pegada de Rita & Roberto, o seu vocal… “Invisíveis” lembra “Eu e meu Gato”.

Braun — “Eu e meu Gato” foi a música que cantei com ela. É inconsciente a homenagem.

Como recebeu o convite para participar do festival Carambola? Está curtindo tocar junto dessa galera que foi escalada para essa edição?

Braun — Eu enchia o saco delas [as produtoras Lili Buarque e Didi Magalhães] para participar, rs, maior orgulho delas e do festival. Achei uma curadoria muito coerente, bacana mesmo — sou fã da meninada.

Como vai ser a sua apresentação, a formação da banda?

Braun — Eu, Dinho Zampier (teclados), Peixinho (bateria), Reuel Albuquerque (teclados e programação, guitarra).

Novos projetos? Não rolou o show de lançamento do disco…

Braun — — Muitos. Mês que vem tem um single, um EP surpresa e este ano faz 25 anos do [álbum] “Cuidado com Pessoas como Eu”, estamos vendo o que fazer. E outros…