Ouro Preto, com seu magnífico conjunto arquitetônico, uma relíquia do período colonial brasileiro

11 de Abril de 2022, 16:59

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Ivaldo Pinto é jornalista

Ao pisar no centro histórico de Ouro Preto, voltei ao passado e vislumbrei um magnífico conjunto arquitetônico: suntuosas igrejas barrocas, casarões e sobrados conservados, becos, travessas e ladeiras calcetadas — uma relíquia do período colonial brasileiro no século 18. Nessa época, o nome da cidade era Vila Rica, quando houve uma corrida ao ouro, o que provocou um surto econômico. 

Patrimônio Mundial pela Unesco, Ouro Preto é a história viva retratada nas obras de Aleijadinho e Mestre Ataíde, guardadas nas igrejas e museus. A cidade recebe milhares de visitantes de todo o país, atraídos pelo invejável patrimônio histórico, cultura, arte e pela saborosa gastronomia mineira, reconhecida nacionalmente. Para abrir o apetite nada melhor do que degustar uma boa cachaça, facilmente encontrada nos restaurantes e barzinhos da cidade. 

Importante polo educacional do interior de Minas Gerais, Ouro Preto — distante 100,9 km de Belo Horizonte — alberga estudantes universitários nas várias repúblicas da cidade, conhecidas por suas animadas festas. Os estudantes também se divertem nos barzinhos e cafés da cidade. No Carnaval, nem se fala, é grande a agitação. Não é à toa que essa cidade mineira promove um dos melhores carnavais do Brasil. 

Em Ouro Preto há também atrações naturais, como cachoeiras e fontes, bom para aqueles que amam a natureza. O turista, hospedado na cidade, dispõe de tempo para conhecer vários atrativos naturais nas redondezas. Para aqueles que vão à cidade em excursão bate e volta, saindo de Belo Horizonte, bom mesmo é passar o tempo no centro histórico, caminhar pelas ruas, visitar igrejas, museus, almoçar nos restaurantes e degustar um pãozinho de queijo com café nas lanchonetes. 

Ouro Preto conta com bons hotéis e charmosas pousadas. A melhor opção é se hospedar em estabelecimentos localizados no centro histórico, nas cercanias da Praça Tiradentes, onde estão as principais atrações. Contudo, os preços de uma diária de um quarto de hotel ou pousada são altos, principalmente nos fins de semana e feriados prolongados, quando a cidade fica lotada de turistas. O acesso a Ouro Preto, saindo de Belo Horizonte, é feito pela BR-356. 

Notas 

O fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares registrou um aumento de 25,66% em fevereiro deste ano. No total, mais de 176 mil pessoas passaram pelo Zumbi dos Palmares, cerca de 35,9 mil pessoas a mais do que em fevereiro de 2021. Os dados são da Aena Brasil, administradora do aeroporto. Isso é resultado do aumento da vacinação e da retomada gradual do turismo com estratégias promocionais traçadas e executadas pelo governo de Alagoas, em parceria com o trade turístico local. Alagoas, um dos destinos mais procurados do país, conta atualmente com 19 voos diários ligando a capital alagoana a várias cidades brasileiras. 

Impossível estar em Belo Horizonte e não dar uma passadinha no Mercado Central, para fazer compras e se deliciar com o que há de melhor da culinária mineira nos restaurantes, lanchonetes e barzinhos. São mais de 400 lojas, distribuídas em 14 mil metros quadrados, onde são encontrados produtos variados, como doces, cachaças, vinhos, queijos, frutas, carnes, frutos do mar, pescados, temperos, condimentos, ervas medicinais, artigos religiosos, entre outros produtos. Com relação à gastronomia, uma das atrações é fígado com jiló e pastel com jiló, preferidos de nativos e turistas. No bem cuidado Mercado Central, tudo funciona a contento, até os banheiros (pagos), limpos e cheirosos. O Mercado Central está aberto de segunda-feira a sábado, das 8h às 18h e aos domingos e feriados, das 8h às 13h. 

A Vila de São Francisco de Frei Damião é um povoado localizado em área limite dos municípios de Quebrangulo e Paulo Jacinto, no agreste de Alagoas, onde os fiéis se reúnem nas romarias. A vila foi fundada na década de 1940 por Antônio Fernando de Amorim, o Beato Franciscano que construiu a Igreja de São Francisco e a Casa dos Frades. Com o assassinato do Beato Franciscano em 1954, a vila passou a ser administrada por frades franciscanos capuchinhos vindos da Itália. Atualmente, o reitor do Santuário de São Francisco é frei Chico. A Vila de São Francisco era morada de frei Damião, na época do Carnaval, quando eram realizadas romarias, atraindo fiéis de várias cidades alagoanas e de estados vizinhos. 

De volta ao passado 

Em 2010, no período de 25  a 28 de março, foi realizada em Maceió a Feira dos Municípios Turísticos Alagoanos. O evento, coordenado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), ocorreu no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, e contou com 132 estandes e participação de 80 municípios. Durante a feira, aberta ao público das 15h às 22h, aconteceram apresentações de guerreiro, baianas, pastoril, chegança, maracatu e coco de roda. A gastronomia regional também foi destaque na feira. Paralelamente à feira, houve o Congresso Alagoano dos Municípios, com rodada de negócios e debates sobre políticas públicas. 

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