Cultura

Vaquinha para doações ao Centro Cultural Arte Pajuçara atinge 60% da meta

Único cinema de arte de Maceió criado em 2013, mas mantendo um legado cultural de mais de três décadas, resiste à crise; diretor do equipamento Marcos Sampaio afirma que 'há um entendimento na sociedade de sua importância'

06 de Junho de 2022, 12:15

Sebage Jorge/ Editor

O meu, o seu, o nosso Centro Cultural Arte Pajuçara resiste a uma ordem de despejo por conta de uma dívida de aluguel acumulada entre os anos de 2015 e 2018, cobrada com juros e correção monetária. Por isso a diretoria desse importante equipamento maceioense, especialmente voltado para o cinema de arte, realiza uma vaquinha para receber doações de seus frequentadores habituais e dos bons e generosos admiradores da cultura. Para colaborar, use a chave Pix [email protected] ou acesse o site aqui. O espaço está localizado na avenida Doutor Antônio Gouveia, 1.113, bairro da Pajuçara.

“Nesse momento, arrecadamos — somados os valores arrecadados pela Vakinha e apoios — em torno de R$ 60 mil, o que representa 60% da meta”, informa o diretor executivo do Arte Pajuçara, o produtor cultural Marcos Sampaio. “Abrimos um canal de negociação com a empresa proprietária do imóvel e esperamos nos próximos dias resolver de forma definitiva esse problema. Temos muitos projetos para o Centro Cultural Arte Pajuçara e há um entendimento na sociedade de sua importância para a circulação e difusão cultural em nossa cidade.”

Eventos como a 'Mostra Sururu de Cinema' são realizados no Arte Pajuçara

Pois é. Todos sabem, trabalhar com a cultura, o cinema, o teatro, a música, as artes visuais, isso não é fácil. As barreiras são inúmeras. Em Maceió, provavelmente, pior do que em São Paulo ou Recife, ou em Salvador. Aqui o buraco é sempre mais embaixo. E no Brasil destes tempos de bolsonazi, a coisa degringolou de vez.

Marcos Sampaio: 'Já arrecadamos mais de 60% da meta, breve resolveremos o problema'

Então é duro mesmo. Antes de existir como Centro Cultural Arte Pajuçara, ali se ergueram outros equipamentos culturais, que formaram esse legado do cinema de arte em Maceió. São mais de três décadas de história, desde os antigos cinemas Pajuçara, Art Pajuçara e ainda o extinto Centro Cultural Sesi.

A pandemia agravou a crise. “Após tentativas de negociação em torno de um parcelamento, sem sucesso, a única forma de manter o espaço aberto é quitando a dívida à vista”, explica Sampaio. “Por isso, fazemos um apelo urgente: colaborem para salvar o espaço que é um símbolo de resistência cultural e vem formando gerações de cinéfilos e cinéfilas.”

Para mais informações escreva para [email protected] ou ligue (82) 3028 6398.