Especial

Serra da Caiçara é nova unidade de conservação no Sertão

Decreto de março deste ano estabelece área de preservação ambiental, importante para proteção de uma grande biodiversidade de vegetação e fauna nativas, além de sítios arqueológicos e paleontológicos

01 de Julho de 2022, 10:33

Da Redação

Instituto do Meio Ambiente (o IMA), núcleo de Alagoas, anuncia “mais uma conquista” na preservação do bioma conhecido por Mata Branca. “É que o Decreto Nº. 82.222 de 31 de março de 2022, publicado no Diário Oficial do Estado”, informa a comunicação do instituto, “estabelece a criação da Área de Preservação Ambiental (APA) Serra da Caiçara. Esta, localizada entre os municípios de Maravilha, Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema, Ouro Branco e Canapi.”

De acordo com o press-release enviado à Redação, “a área possui 103.295 hectares e faz parte da mesorregião do sertão alagoano”. “O principal objetivo da criação é garantir a conservação do bioma caatinga, que é tipicamente brasileiro e é vasto em biodiversidade. A proposta de criação foi apresentada em 2018, através de esforços e trabalhos de profissionais do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas.”

O nome Serra da Caiçara é o mesmo de elevação em Santana do Ipanema, no Sertão

O nome da unidade de conservação (UC) Serra da Caiçara é homônimo da maior elevação existente na microrregião de Santana do Ipanema, de onde se vislumbra uma das planícies sertanejas do Estado. 

Há sítios arqueológicos e paleontológicos na Serra da Caiçara

Para Alex Nazário, geógrafo do IMA, “é a realização de um sonho, de toda uma equipe técnica multidisciplinar do IMA”. “Era um interesse de muito tempo. Visto que o nosso bioma caatinga, em Alagoas, só tinha 1% como área protegida de Unidade de Conservação. E agora, com a criação da APA Serra da Caiçara, avançamos com essa porcentagem para cerca de 9%.”

O IMA afirma que proteger a Serra da Caiçara é importante para a conservação da biodiversidade local. “Apesar de a população saber da importância dos recursos naturais”, observa a comunicação do instituto, “existe muita interferência humana que compromete a existência de diversas áreas de refúgio da fauna silvestre, além da incitação aos processos erosivos e ao empobrecimento do solo.” 

Segundo o instituto, a unidade de conservação recém-criada possui uma “imensa biodiversidade como remanescentes de vegetação nativa, áreas serranas vegetadas e fauna, além de sítios arqueológicos e paleontológicos”. “Agora, com a o Decreto de criação da UC, todas essas riquezas naturais e históricas estão resguardadas com a garantida de ações e políticas para acompanhar, normatizar e disciplinar o uso da Serra da Caiçara.”