Especial

Salão de Arte Contemporânea homenageia oito personalidades alagoanas

Inaugurado em 1º. de julho, Saca segue até o final do mês; cerimônia Prêmio Fernando Lopes de Arte acontece nesta quinta-feira (21), a partir das 20h

20 de Julho de 2022, 11:52

Da Redação

O Salão de Arte Contemporânea (o Saca), instalado desde o início do mês na galeria de arte do Complexo Cultural Teatro Deodoro (rua Barão de Maceió, 77, centro de Maceió), realiza, a partir das 20h, a cerimônia de entrega do Prêmio Fernando Lopes de Artes a oito personalidades alagoanas, entre elas o músico Chau do Pife, a cantora Irina Costa, a religiosa Mãe Nany, a jornalista Nide Lins e a produtora cultural Mirna Porto. As lojas Casas Jardim, como incentivadora da cultura local, também será homenageada. A comemoração é aberta ao público. 

Mencionando obras (“madonas, anjos e santos, assim como paisagens urbanas e de sua terra natal, marinhas e árvores retorcidas”) de Fernando Lopes (1936 - 2011), a curadoria da exposição faz referência às “quase seis décadas” que o artista atuou, ininterruptamente, entre São Miguel dos Campos, município onde nasceu, e a capital Maceió. “Ele parou de pintar em 2008”, destaca o informativo enviado à Redação.  

Uma das inúmeras madonas de Fernando Lopes/ Fotos/ Arquivo

A comunicação do salão informa que “o artista não catalogava as suas obras”. “Por isso é impossível precisar quantas produziu. Do seu espólio, quase 200 obras foram divididas entre o irmão e quatro sobrinhos, filhos de sua irmã Vânia, falecida 21 dias depois do pintor. Saliento várias desse conjunto, muitas inéditas ao grande público e outras já apresentadas. Contudo, uma das obras primas do espólio é a magnífica ‘Nossa Senhora das Dores’ (1973) reproduzida no catálogo Cesmac e, infelizmente, desaparecida no trânsito de partilha, segundo o músico e também artista visual Eduardo Xavier.” 

Fernando Lopes morreu em 2011, aos 75 anos

Fernando Lopes, cujo nome foi emprestado à galeria de exposições temporárias do Centro de Estudos Superiores de Maceió (o Cesmac), foi, de resto, um grande colecionador de obras de arte. “Participou de exposições coletivas em várias embaixadas brasileiras”, informam os curadores Fredy Correia e Ana Cahu.

“Ele expôs na França, Itália, Israel e Estados Unidos”, relaciona a comunicação da galeria de artes. “Fez parte da Bienal de São Paulo, além de representar Alagoas e a cidade de São Miguel dos Campos em diversas regiões do país. Expôs em Londres em 1970, por três vezes consecutivas, junto com outros artistas da América do Sul. Seus quadros estão expostos em diversos museus e nas mãos de grandes colecionadores espalhados por todo país, assim como também no exterior.”